Sombras,
nada mais
Aqui, diante
De meus olhos,
Já não há abrigo,
Pra tanta escuridão.
Aparentemente
Não há nada
De diferente
Entre nossos olhos,
Somente um murro
De promessas
De frases sem nexo.
Há uma luz
Incoerente
Iluminando
Os teus lábios,
Uma mancha
De batom rasgando
A imensidão...
Não há nada
De concreto
Nesta escuridão,
Apenas o abismo,
“A luz da percepção”
Toda luz se divide
Toda luz se separa,
Na verdade sombras,
São apenas sombra,
Irreais, só um lugar
Onde a luz não alcança.
Sombras, são só sombras
Varrendo a escuridão
De nossa percepção...
Há tempo
Há uma sombra
Que paira
Os nossos olhos
Tudo que se ilumina
Um dia se apaga,
E toda luz, um dia
Volta a ser sombra,
Apenas sombra...
Um resquício,
Um vestígio,
Uma memória...
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Almas que se expressaram