segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sombras, nada mais.


Sombras, nada mais





Aqui, diante

De meus olhos,

Já não há abrigo,

Pra tanta escuridão.



Aparentemente

Não há nada

De diferente

Entre nossos olhos,

Somente um murro

De promessas

De frases sem nexo.



Há uma luz

Incoerente

Iluminando

Os teus lábios,

Uma mancha

De batom rasgando

A imensidão...



Não há nada

De concreto

Nesta escuridão,

Apenas o abismo,

“A luz da percepção”





Toda luz se divide

Toda luz se separa,



Na verdade sombras,

São apenas sombra,

Irreais, só um lugar

Onde a luz não alcança.



Sombras, são só sombras

Varrendo a escuridão

De nossa percepção...



Há tempo

Há uma sombra

Que paira

Os nossos olhos



Tudo que se ilumina

Um dia se apaga,

E toda luz, um dia

Volta a ser sombra,



Apenas sombra...

Um resquício,

Um vestígio,

Uma memória...

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