Áspera saudade
Aqui onde a luz do arco-íris se dissolve
E a percepção capta coisas da memória
Mesmo quando já não há mais história
Arde a áspera saudade não se absorve,
Ao partir e se repartir tão subitamente,
Alguém que por um tempo foi querido
Mas que a vida já deu o seu veredicto
Deixando a áspera saudade do ausente
Sem perceber diante do nosso semblante
A vida rasgando o tempo como um pavio
Ás vezes traz de volta algo que já partiu
E vem a tona a áspera saudade dissonante...
As promessas feitas, frases mal concluídas,
Rostos repartidos, os sorrisos emudecidos
Perdem-se pelos caminhos desconhecidos
Das ásperas saudades sobre a alma caídas...
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Almas que se expressaram