domingo, 25 de dezembro de 2011

Faces do Amor e da Dor XVIII


XVIII


Inteiro, sob a luz da sanidade
A razão me é razão deste martírio
No “meu eu” real e onírico como um fio
Corta em mil fragmentos a realidade

Caminhando nas dunas de saudade
O onírico vem pro real – um delírio
Como quem desperta com um assovio
E já nem sabe ao certo o que é verdade

Talvez seja o não ter nenhum sentido
O sentido do amor e seus adornos
E desconhece a razão as suas estradas

Quem pode preverá os seus contornos
Se nele perecer um sonho tido
Apenas deixa-o partir em revoadas...

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Almas que se expressaram