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terça-feira, 31 de maio de 2016
AS BRUMAS DO DESTINO vol 03- O clamor das brumas escuras ( a elegia) - parte 01 - A Frieza das Brumas Matinais - Elegia 05
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segunda-feira, 30 de maio de 2016
AS BRUMAS DO DESTINO vol 03 - O clamor das brumas escuras (A elegia) - Parte 01 - A frieza das brumas matinais - elegia 04
AS BRUMAS DO DESTINO
O clamor das Brumas escuras (A Elegia).
Parte 01
A
Frieza das Brumas Matinais.
-4-
Ó lancinante
manhã chuvosa,
a
tristeza é gota na janela,
pinga
tal goteira na panela,
boceja
pelo ar dor ardilosa
nas
batidas vãs do campanário,
badalam
corações os partidos,
triste
olor que retorce sentidos
dispersos
pelo o olhar solitário.
Ó gélido
abraço desta aurora em cinzas
sussurrando o vácuo deste meu
embargo
enquanto o coração bate em
passos largos,
embebedando-se de tolos
conselhos
que retorce a autoimagem nos
espelhos
para afogar-se em suas brumas
ranzinzas.
Tu chuva que
lavaste minha alma outrora,
no ardor serrano do teu fogo
silvestre,
que ascendia meu coração pelo
cipreste
por que me desnuda da tua calma
veste?
Deixando-me nu de mim por este
alpestre
que ruge com frieza de afiar espora.
Badala o
coração na crista errante
que borbulha pelo vácuo do
orvalho
driblando a dor que se assenta
no peito,
tal musgo que se prende no
carvalho.
Afina os tons da aragem
galopante,
que aguça a dor outrora
rechaçada,
a emoção nas arestas frauda o
pleito
dá a ilusão de ser coisa
desalmada.
Ruge ó
manhã de escombros,
de fúria malfadada!
Abre o olho, pra cilada!
Mar de estrondos – prisão
em sombras de aflição
em montanhas de assombros.
Uiva o vento feito aves de rapinas
que circundam o céu meio noturno
e o coração se espreme entre batidas
rugem como os tambores de
saturno,
o olhar varre o silêncio das
esquinas,
folhas voam e anunciam partidas
deixando as árvores desnudas
sinas.
Desnudam-se diante do espelho mentiras,
a saudade é laço do chicote que
pune,
a culpa é nau perdida no mar do
remorso,
como sair desta vã jornada
autoimune?
É mar voraz de se perder de
vista,
é erguer as velas num ar de
sátiras,
daqueles que aplacam qualquer
esforço,
naufraga sem deixar nenhuma
pista.
Nada penso, espero o vendaval aplacar
o furor deste alvor silente que
atormenta
e que revolva esta mágoa que
aqui se assenta,
e lancem as boias neste dia que
se afoga
nesta dor que logra, e do vazio
que se outorga
nesse estranho vício de se auto
flagelar.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
AS BRUMAS DO DESTINO - O clamor das Brumas escuras (A Elegia). - parte 01 - A Frieza das Brumas Matinais. - poema 02
quarta-feira, 25 de maio de 2016
As Brumas do destino vol 3 - O clamor das Brumas escuras (elegia) Parte 1 a frieza das brumas matinais elegia 01
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