É por
destino
É por destino
Que se vestem
Os campos de verde
Ou de branco?
É premeditada
A chuva que nos banha?
Ou é predestinado
O fim do mundo,
Que tanto nos assombra...
Tão certo quanto
O fim do mundo,
É que nos é
Predestinada à morte
O mundo se finda
Por que na verdade
Nós findamos
Predestinada
É a nossa morte,
E só...
É por destino
Que a primavera
Ser á sempre primavera,
Portanto não pode
Ser verdes os campos
No inverno,
Nem o branco
Tomar a primavera,
Antes de temer
O fim do mundo
Temo o meu próprio fim
Que a vida eterna
Seja apenas
Uma quimera
Uma passagem
Que ronda
Meus pensamentos...
Assim, serenamente
No coração imita
Os campos que aceitam
O tempo no seu tempo,
Aproveita e escolhe,
Pois eles, nada podem
Escolher além de esperar,
Veja então,
Tenha o seu destino
Em mãos, e vivas
Por viver apenas,
O resto do tempo
O resto nada nos consente...
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Almas que se expressaram