sábado, 3 de dezembro de 2011

É por destino


É por destino


É por destino
Que se vestem
Os campos de verde
Ou de branco?

É premeditada
A chuva que nos banha?
Ou é predestinado
O fim do mundo,
Que tanto nos assombra...

Tão certo quanto
O fim do mundo,
É que nos é
Predestinada à morte

O mundo se finda
Por que na verdade
Nós findamos
Predestinada
É a nossa morte,
E só...

É por destino
Que a primavera
Ser á sempre primavera,
Portanto não pode
Ser verdes os campos
No inverno,
Nem o branco
Tomar a primavera,

Antes de temer
O fim do mundo
Temo o meu próprio fim
Que a vida eterna
Seja apenas
Uma quimera
Uma passagem
Que ronda
Meus pensamentos...

Assim, serenamente
No coração imita
Os campos que aceitam
O tempo no seu tempo,

Aproveita e escolhe,
Pois eles, nada podem
Escolher além de esperar,

Veja então,
Tenha o seu destino
Em mãos, e vivas
Por viver apenas,
O resto do tempo
O resto nada nos consente...

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