terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ode aos deuses ancestrais


Ode aos deuses ancestrais


Não choreis ó deuses ancestrais
Se não cabem mais as vossas glórias
Neste veloz mundo moderno
Estão além de vós as nossas preces ...

Além da vossa imaginação navegamos
Por mares que vós jamais governastes
Jamais abrandastes as mãos que às teceram
E vocês de nada mais servem, deuses velhos!

Clamamos por deuses novos!
Queremos renovação celeste!
Pois, vós que sois tão velhos
Sabem fazer interferências virtuais?

Não choreis ó deuses ancestrais
Pois, estão imortalizado nos velhos épicos
E o que vocês esperam mais de nós?
Que nada de vós tememos?

Contentam-se com a mera lembrança
De que um dia para a raça humana
Vós existíeis como soberanos
E já não é a gloria dos vossos olhos
Que nos importam! No aqui e no agora
Descartamos tudo que é velho!

Entendeis que nesta era já não cabem
Qualquer feito, feito por vossas mãos
Que um dia foram abençoadas,
Mas as quais agora chamamos apenas
De destino, acaso, descaso entre outros nomes...

Bem vindos ó deuses ancestrais
Nesta era de total descrença,
Onde nada mais faz sentido,
Onde sóis iguais a nós, e nada mais...

São apenas mais um entre nós
Que vivem em crise de existência,
Portanto a vossa ciência
Nada pode contra nós...

Sim é época de descrença
Mudamos tão depressa
Que já não há sentença
Que nos faça parar!

Portanto contenteis apenas com a memória
De serdes lembrados ao contar as histórias
Do que fora passado de gloria de teu súditos

Mas que agora são apenas histórias
Que contamos para nossos filhos...

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