Escolhemos
Cristina, não é certo que arrastemos
Por mais tempo este infortúnio enleio
E ter no coração o som de um dano
Que acontecera numa vida passada...
Viremos então de vez esta página,
Acertamo-nos ou nos separamos
Faz-se preciso tomar esta escolha
Mesmo que seja doída a renuncia...
Fitemos para sempre nossos olhos
Ou abramos subitamente os corações,
Só não podemos continuar viver em meio
A meias verdades das palavras omitidas...
Há horas que penso já saber tudo,
Outras percebo não saber de mais nada
É difícil entender a álgebra do destino
Nem sempre cabe só a nos as escolhas...
Arrastam-se as nossas horas infortunas
A vida é breve e a eternidade uma quimera,
E todo o silêncio destas horas tão vazias
São palavras que se perderam no caminho
O tempo passa e desenha nossa história
E vai o acaso nos embalando pelas ruas
E apenas nos escondemos por traz
Da translúcida cortina da realidade...
Onde nos achamos? Onde nos perdemos?
Onde ficamos? Para aonde nós correremos?
Aqui estamos à meia luz olhando
Olhando para horizontes paralelos
O da realidade e o dos sonhos...
Não digamos que é o desejo do destino,
Pois, o destino tudo aceita, e ele tem
Entre mil e uma formas e variantes
Podemos apenas dar-lhe um contorno...
Assim contornando as diferenças
Possamos superar as desavenças,
Ficarmos juntos por qualquer tempo
Ou sermos eternamente separados...
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Almas que se expressaram