sábado, 13 de agosto de 2011

Ode ao fogo




Ode ao fogo
Ó fogo! Senhor que abrasa!
Aquece minha alma fenecida!
Que a ti canta aborrecida
Que por si só caiu em desgraça...

Sim ó fogo! Senhor que incendeia!
Queima todas as minhas aflições
E os meus tantos falsos corações
Que doem por uma dor alheia...

Ó fogo! Vós que alimentais o sol
Dando assim a bela luz ao dia
Flama em mim toda tua magia,
Faz florir em mim a luz do arrebol!

Sim! Quero minha alma avermelhada
Como a luz das tas tardes poentes
E a magia das tuas labaredas fulgentes
Reunindo a minha alma estilhaçada...

Flame ó senhor que voraz consome,
E incita a vida, e varre a terra
Ao conjurar o vento vira fera
Faz todos se lembrarem do teu nome.

Ó sim! Na tua labareda mística
Arde a magia da transformação
E ao pulsar teu enorme coração
A terra freme e se modifica...

Ás águas se agitam ferozmente
Formando vorazes ondas gigantes
Trazeis dores aos semblantes
Diante de tua força onipotente!

Mas conjurais a paz entre os elementos
Equilibra-te com eles, rega a vida
Que em teu ciclo a primavera floria
Reflete a harmonia dos vossos movimentos...

O sol, teu filho de raios tão ferinos,
Dá-nos a vida e sua luz de dupla face,
Mas por si só não entra em êxtase
Quando só, seus poderes são franzinos...

Canto mesmo sabendo a impiedade,
Que tendes por essência e excelência,
Ás vezes eu necessito da tua ausência
E isso não significa negar-te lealdade

Ó fogo! Vós que iluminais a madrugada
Quando o escuro toma conta de mim
Trazeis para mim seu calor sem fim
A minha alma que a tempo esta calada

Vós que em sua forja criaste o mundo
No magma supremo de tua energia
Grã-senhor e membro da alquimia
Elixir, elemento de um poço sem fundo...

Tu que és parte da pedra filosofal,
Conjunção das forças mais soberanas
Quimera das eternas buscas humanas
Para saciar-se em tua fonte imortal...

Não conjure as forças dos elementos
Para tramar o fim da existência humana,
Mesmo ao destruir o teu quintal profana
Rompendo assim os vossos juramentos...

Houve a quem canta e te suplica!
Mantém-te na harmonia dos universos,
Pois, tu és imortal como estes versos,
Que com amor minha alma te dedica!


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