quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Faces do Amor e da Dor VII


VII


Que podemos reclamar desta vida
Se o destino nos quis ver apartados
E para todo sempre condenados
A sermos uma taça repartida

Ter dentro da alma tão intensa ferida
Em nossos peitos em mágoa afogados
Somos apenas barcos naufragados
Por este imenso mar da despedida

Deixando apenas versos incompletos
No branco dos lençóis o puro linho
Vestindo a solidão da madrugada

Nas negras flores caídas na calçada
Num papel alguns versos incompletos
Que foram deixados pelo caminho...

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Almas que se expressaram