Regresso
Aqui,
sentado,
Olhando as
fuligens
A bailar no
vento,
Causam-me
vertigens
Prenunciam a
chuvas...
Certo de
estar
Acordado,
passo
Por meus
sonhos
Despercebido,
É um sonhar acordado,
Inoperante,
Mas acontecido...
Egresso das clausuras
Da humana percepção
Do tempo, numa
viagem
Ingresso na distorcida
Realidade retorcida
Crio uma nova
paisagem,
Nas insanas loucuras
Do pensamento
delirante.
Enquanto os ventos
Sopram as folhas
Faço minhas escolhas
Entre tantos
atos falhos
Ouço o som dos
passos
De meus pés descalços
Pisando nos cascalhos
Gemendo gargalhadas...
Aqui, o sentido
É não ter sentido,
É como uma cigana
Tenta lê a mão,
De quem já não
Reconhece a razão,
Pois, já não
há destino
Para um andarilho
Que deixou os
trilhos
Da linha reta
Da correta percepção...
Ao final
É tortuoso
O regresso
A monótona
Realidade
Da razão...
Então busco
Um resquício
Do delírio
Que me banhou...
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Almas que se expressaram