terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Faces do Amor e da Dor XI


XI


De repente nos corpos debruçados
Por mim deslizam as tuas mãos ferinas
São vorazes mesmo sendo franzinas
Vão deixando teus caminhos marcados

Sinto em cada gota dos corpos suados
Verter as tuas mãos como dançarinas
Dispersando tua essência feminina
Em plácidos movimentos ritmados

Escorrego por tua pele de cetim
Com unhas de um velho lobo sedento
A luz da lua cheia saciando a sua fome

Ao saciar-se tal qual um sopro some
Deixando-a num sonho que não tem fim...
...Gosto de quero mais no pensamento...

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Almas que se expressaram