sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Faces do Amor e da Dor XXV

                XXV


  

Voraz como trovão em meu pensamento
Banha-me uma insana onda de saudade
Num mar de desapego e de vaidade,
Fases, faces – disfarces de momento.

 
Uma voz baila em suave movimento
Tal fosse uma canção de liberdade
Em revoadas, fragmentos de verdade,
Um galho que traz em si o seu rebento. 


Jurei deixar-te pra trás, no passado
Que sempre volta como um mar faminto,
Num rugir voraz como leão zangado.

 
Como quem navega num sonho bom
Quando acorda dentro de um labirinto
De uma triste manhã sem qualquer tom...