I
Mestre não mais do que en vão a vida passa
Diante
de nós tal qual um relâmpago
Rasgando
vorazmente nosso âmago
Somente
uma pequena luz escassa
Que
nos importa se é fogo ou só brasa?
Se me
é um rio raso ou um profundo lago?
De que
me vale as coisas que me indago
Se me
são todas as coisas sem graça?
De
tudo que esta vida me consente
Consentindo-me
tão somente em vão
Pois
tudo passa sempre indiferente
Sem
quaisquer dúvidas trago o destino
Em
mãos, como o mais simples artesão
Que
desenha o seu próprio figurino...
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Almas que se expressaram