Ode a Ricardo Reis
Ó mestre são adoráveis
As horas que se perdem
Ao lado dos teus versos
E nada me é mais suave
Do que sentir o vento
Deslizar pelas folhas
Enquanto por meus lábios
Deslizam a tua poesia...
Vede o tempo que passa
Enquanto nós preenchemos
A vida com crendices
E outras besteiras tolas
Se nos são as tentações
Nada além de um estigma
Plantado em nosso ser
Suave é se deleitar
No hoje, de que somente
Ver a vida diluir-se
Com fúteis privações...
Quando brindar a morte
Destino do vivente
Com um pouco de sorte
Verei nascerem tulipas
Crisântemos e rosas
Sobre o meu velho corpo
Enleado pela terra...
Seremos todos ventos
Que sopram por soprar
Suave é viver somente
É caminhar pelos prados
Vislumbrar o dia que inicia
Viver é apenas apreciar
O que a vida nos consente...
Vede a flor mestre
Que brota, desabrocha
Floresce murcha e morre
Não questiona o seu ciclo
Aproveita-o apenas
Para nos mostrar todo
O seu formoso esplendor...
Por então pensá-la
Se ao pensá-la
Acabamos por perdê-la
No tempo em que estamos
A pensá-la...
A realidade corre e escorre
Longe do nosso pensamento...
Vim retribuir a visita e dizer que gostei muito daqui.
ResponderExcluirExpressões da Alma... amei!
Beijos
Olá Joselito, vim retribuir a visitinha e também apreciar seu Blog, é ótimo conhecer espaços novos que se dedicam a textos bons, poesias e afins.
ResponderExcluirEstarei sempre retornando.
Bjos, Thami Silva.