quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ode a Ricardo Reis


Ode a Ricardo Reis


Ó mestre são adoráveis
As horas que se perdem
Ao lado dos teus versos

E nada me é mais suave
Do que sentir o vento
Deslizar pelas folhas
Enquanto por meus lábios
Deslizam a tua poesia...

Vede o tempo que passa
Enquanto nós preenchemos
A vida com crendices
E outras besteiras tolas

Se nos são as tentações
Nada além de um estigma
Plantado em nosso ser
Suave é se deleitar
No hoje, de que somente
Ver a vida diluir-se
Com fúteis privações...

Quando brindar a morte
Destino do vivente
Com um pouco de sorte
Verei nascerem tulipas
Crisântemos e rosas
Sobre o meu velho corpo
Enleado pela terra...

Seremos todos ventos
Que sopram por soprar
Suave é viver somente
É caminhar pelos prados
Vislumbrar o dia que inicia
Viver é apenas apreciar
O que a vida nos consente...

Vede a flor mestre
Que brota, desabrocha
Floresce murcha e morre
Não questiona o seu ciclo
Aproveita-o apenas
Para nos mostrar todo
O seu formoso esplendor...

Por então pensá-la
Se ao pensá-la
Acabamos por perdê-la
No tempo em que estamos
A pensá-la...

A realidade corre e escorre
Longe do nosso pensamento...

2 comentários:

  1. Vim retribuir a visita e dizer que gostei muito daqui.
    Expressões da Alma... amei!

    Beijos

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  2. Olá Joselito, vim retribuir a visitinha e também apreciar seu Blog, é ótimo conhecer espaços novos que se dedicam a textos bons, poesias e afins.
    Estarei sempre retornando.
    Bjos, Thami Silva.

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Almas que se expressaram