XIX
Se
ouvissem ou falassem as paredes
Os
arranhões, os segredos, as juras
O
nosso doce bailado às escuras
Um
cálice, o saciar de nossas sedes
Os
corpos envolvidos como redes
Feiticeiras,
das noites de loucuras
Entre
suores, fissuras e rasuras
Nas
vorazes carícias que concedes.
E
dos sublimes corpos descobertos
Bebemos
do amor em causas e efeitos
Como
néctar dos deuses derramados
Vertendo
pelos vales entreabertos
Os
cálices dos deleites aceitos
Nos
lábios das paredes são selados...
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Almas que se expressaram