sábado, 21 de janeiro de 2012

Faces do Amor e da Dor XXIII


XXIII



Entre remorsos, ossos e destroços
Palavras cravam na alma como espadas
Outras nos olhos ficam naufragadas
Que vão formando silenciosos poços

Nos lacrimejantes olhos chorosos
Nas luzes solitárias das estradas
Bradam muitas histórias mal contadas
Erros e acertos, ganhos e fracassos

E do puro sentimento semeado
Tornou-se terreno de erva daninha
Nas entrelinhas desejos submersos

Lembrou-me de uma velha coleguinha
A quem na juventude amei calado
Por causa dela aprendi a fazer versos...



2 comentários:

  1. Interessante!
    Gostei dessa parte, infantil da infância"Lembrou-me de uma velha coleguinha
    A quem na juventude amei calado
    Por causa dela aprendi a fazer versos..." sempre temos alguém assim nas lembranças...penso ser mesmo o primeiro amor.
    E com certeza, aprendeu fazer lindos versos, para não matar o que o tempo matou...para não passar o passado por completo.
    Parabéns.
    Obrigada pela simpática visita ao meu blog...será sempre bem-vindo por lá.
    Um dia espetacular.
    Um grande abraço.

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  2. "Infantil da infância" pode parecer redundante, (Risos)...mas há momentos em nossa infância , que não é tão angelical, como esse de um primeiro amor...quis reforçar.
    Só explicando essa frase, que ficou, meio que repetitivo.
    Abraços querido.

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Almas que se expressaram