quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Assim como o mar


Assim como o mar suspira em brisas

o olhar navega em ondas de silêncio

os lábios contêm a ânsia dos dizeres

os gestos urgem e trazem anúncios.

 

O pensamento é sombra que se move

dentre as nuvens que revelam a real

nuance de um alvo sol que se inflama

no escuro medo da súbita revelação.

 

Suspiro como suspira o mar em brisas,

os lábios se confundem nos seus dizeres

olhares, um à um são ondas pela praia

no silêncio hesitante de meus anúncios.

domingo, 11 de agosto de 2013

Suave o dia passa


Suave o dia passa como um acorde

lento de uma mansa brisa pelas manhãs

primaveris, a esmo tal as gotas de chuva

que escorrem no silêncio das madrugadas

aladas que se estiram num voo trépido.

 

Suave, o tempo é como uma lira a desfiar

uma suave canção pelas tardes de outono,

e baila no vento como a folha desprendida

da árvore de um velho sonho abandonado

nas alíneas inconstantes da atroz realidade.

 

Como um corte, um acorde, uma poesia,

bailo à esmo nos sopros dos ventos do acaso

como se o destino fosse um voo alado

por entre as fortalezas de uma fantasia,

dissipa-se a alma numa leve poesia.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Aqui, Flor


Aqui, Flor, no anoitecer
onde suave a tarde jaz
distante no horizonte
como se fosse gaivotas
pairando sobre os ares
como os teus olhares
caem no esquecimento.

O tempo é um mergulho
como o sol que penetra
calmamente entre as folhas
enquanto o vento sopra
as suas melodias vernais
e o pensamento ressoa
como um eco no abismo.
 
Quem sabe quão distante
desta tarde minha alma
intrépida navega a esma,
como um desejo desliza
suavemente como o mar
que jaz num beijo sutil
na onda de outro tempo.

sábado, 13 de julho de 2013

Aqui onde o silêncio

Aqui onde o silêncio das tardes
são como fortalezas que escondem segredos
onde os pensamentos pairam como borboletas
pela lentidão quase imóvel deste anoitecer.

Onde os horizontes se tocam na imaginação
como a águia que se estira num mergulho trépido
onde o vento canta as velhas canções já esquecidas
como uma névoa que cobre as manhãs invernais.

Aqui eu soo como uma folha pelas brisas,
como um recado lançado nas alíneas de um eco
oco que rompe a escuridão destes momentos,
que o silêncio fez-se vulcão e voltou a ser silente.
(a voz da imaginação).

domingo, 7 de julho de 2013

Aqui onde as noites

Aqui onde as noites são como brasas,
onde o vento ressoa e inflama em melodias
e meu pensamento se embala em suas asas.

Aqui onde a voz falha, e o tempo se desfaz
como a gota de chuva que embaça a vidraça,
e sutil, o tempo traça o seu contorno audaz.

Aqui, os pensamentos são como leves brisas,
e as badaladas do relógio são premissas,
em sua trama, a dor da ausência se dramatiza.

Aqui onde o silêncio tem o som de um trovão
como uma suave flor que rompe o seu rebento
vagando entre as alíneas da razão e da emoção.

E como barco que veleja ao som dos mares
nesta noite velejo como um eco que se perde
devotamente enquanto se espalha pelos ares.

E como mar que jaz, o tempo escoa a esmo
nas badaladas de meu olhar pelo horizonte
como vendaval nas ruas de mim mesmo.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Faces do Amor e da Dor LXXVII


Aqui soam em gotas meus pensamentos
cantando-nos pelas ruas as façanhas
como a brisa outonal pelas montanhas
que vai soprando seus encantamentos .
 
Aqui onde as aragens são como alentos
tecem-se em olhares as artimanhas
corpos movem-se nas formas estranhas
forjadas na junção de movimentos.
 
Aqui onde corpos são brasas (são amantes),
o tempo é sempre eterno ( num afago),
soam temporais no âmago deste lago.
 
Aqui onde escorre em faces abrasantes
o amor por cada gesto descuidado
quando repousa mim teu olhar alado.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Faces do Amor e da Dor LXXIV



Aqui te amo amor como flor nativa
como ondas de um eterno mar errante
quando os ventos sopram em teu semblante
no azul profundo do olhar que cativa.
 
Se meu dia na tua presença se aviva,
tu és da minhas manhãs o sol vibrante
faz brotar em mim o ímpeto de amante
(clama que se inflama na expectativa).
 
Sinto o teu olhar pairar sobre as estrelas
quando olho pra o céu nas noites silentes
têm as manhãs solenes pensamentos.
 
Ouço teus passos nos compassos lentos
do meu coração em batidas latentes
que içam pelos ventos teus minhas velas.

domingo, 30 de junho de 2013

Temo, Flor,

Temo, Flor, que seja o nosso destino
como a folha que se desprende no outono
e alça voo dispersa pelos quatro ventos.
(o eco sutil de uma canção a ser esquecida).

Temo o passar destas horas que se perdem
em que nossos caminhos vão se tornando
distantes como uma velha lembrança tida.
(a calma melodia da dança dos ausentes).

Vejo e sinto que se esvaem a cada minuto
em que se abre entre os nossos caminhos
uma fenda que faz de ti uma vã memória
voando nas brisas de meus pensamentos.

O SOM DA TEMPESTADE

O SOM DA TEMPESTADE

 Aqui onde os mares são anseios
e pássaros não receiam temporais,
atmosferas são nuances e prenúncio,
anúncio que o tempo é imortal.

Na lida das alíneas matinas,
as rimas são bordadas em parágrafos,
pintam versos matizados em canais
... que circulam do avesso, outros lagos.

No eflúvio supremo deste dia
que se derrama devotamente em gotas,
calmamente se esculpe a poesia
d’onde brota da magia ,sons e formas.

Joselito De Souza Bertoglio & Aglaure Corrêa Martins
CARTA DE ALFORRIA

Queria asas, queria saber voar
e até conseguir chegar,
quem sabe as gaiolas do mundo
não me deixem habitar a sombra
de onde eu quero estar,
onde habita o sonho...
Será este meu lugar?

... Lanço-me na esperança de chegar
onde exista na verdade
a mais completa viagem
feita de silêncio e olhar
na pura essência do sonhar.

O vento toca minhas asas e
com sutileza desenha suas nuances
entre o desejo e o possível
tocando o fio quase invisível
em que só a liberdade alcance
na espera o poder se reencontrar,
naquilo que há de mais humano...
Quero voar e nas minhas asas
realizar o mais incrível plano

Num desenho quase certeiro
o bater na porta de um carteiro
trazendo a mais louca notícia:
_que num voo com pericia,
descobriu-se a rota do mais livre amar...

Marisa Schmidt & Joselito de S. Bertoglio

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nossos caminhos entre olhares.


Nossos caminhos entre olhares.

 

Poeta,
Resolvi por em palavras o que meus-teus olhos não deixam de enxergar, o incontido silêncio da espera alucinante por folhas voando e que ao chão elas toquem e me toquem os pés. Delas faria um calçado desses de andar por entre nuvens, quem sabe alcançar o pensamento teu...

 

Vê, poetisa,
Brinda o plácido vento que em seu sopro fugaz balança as folhas na incrível melodia da primavera que se estira num silêncio trépido, sinta as tuas asas baterem calmamente nestes dias como um acorde de uma lira que escapa das mãos que tocam aos deuses. Faz do teu dia uma sombra reconfortante em meio às horas que se perdem subitamente enquanto estamos a nos pensar... Súbito o tempo se esvai como uma onda que beija a praia e volta a ser mar. Como  um rio que escorre no seu ritmo, esvai-se em cachoeiras, em calmos poços, mas está sempre adiante.  Aqui pensar é como uma sombra de um dia em que as nuvens cobrem o sol, fico a imaginá-lo como um desenho de criança num papel qualquer, e num só palpite lançava-se nas nuvens como um sonho bom a ser descoberto, mas agora o caminho é tortuoso, mas vê as tulipas e os lírios silvestres, vista-te como eles na sua roupagem simples e de aromas efêmeros como os jardins do olimpo, vê vive e sente o dia por si só e sê feliz, e a lembrança desses dias serão a tua eternidade...

 

Poeta,
Tua voz me sonda e tuas palavras em pincéis molhados dão contorno e cor ao cenário frio do inverno que finda, trazes os personagens mais simples e castos do mundo natural que o corpo toca, mas que alma perpassa por entre cada fresta de suspiro, posso tocar teus dedos e na leveza de minhas mãos me deixar conduzir por estas paisagens e nelas ser pássaro amarelo cintilante, ousar algumas piruetas e roubar uns beijo das flores e espalhar seu néctar por entre arvoredos e estradas vazias, colocar semente entre os buracos largos, estes que são desviados dos condutores, quem sabe assim não aproxime a pressa da beleza tenaz. Não precisamos de tempo ou medo se temos em nós a coragem dos versos e a imaginação dos seres pequenos e iluminados.

 

Poetisa,
Aqui os pássaros cantam, brindando num cálice o êxtase das nuances deste belo dia, as folhas bailam ao vento, como se fossem a última dança que meus pés possam ter, é estranho pensar em tudo que nos cerca e lhe atribuir algum sentido, tudo parece passar a esmo, alheio a nossa vontade, pois, o pensamento é como um ramo que busca nas alturas um resquício das sombras tenras que cobriram os dias de minha infância, aqui os ventos de Apolo são atrozes como as ondas que se produzem em meu pensamento, mas mesmo este universo reverso me é como um plácido campo em que caminho enquanto passam meus dias alheios ao meu desejo, pintar, colorir, outrora tão plenos, parecem-me fugazes como se o tempo se reduzisse a um grão de areia soando nos temporais da eternidade, mas pleno, embora me pareça atroz, tudo ganha um sentido, no júbilo do amanhecer a sombra de Afrodite, ao sobre o jugo de Zeus, sempre à nos lembrar de aproveitar a nossa grandeza dentro do pouco que somos...

 

Sei Poeta,
Audaciosamente te chamando de amigo íntimo que deste vôo não desejaria pousar. Que meus-teus pés aterrissem sobre estrelas e com minhas mãos irei afagar teu sereno rosto, sabendo, pois, que a ampulheta já foi desemborcada e teremos mais algumas eras para escalar. Tão somente agora abro os olhos-nossos para contemplar esse dia tão bem tecido aos sussurros teus, nas entrelinhas da voz silente sossegaremos em tons laranja. Somos o nascer o sol.


Poetisa,
Aqui me despeço como o sol que se despede colorindo o anoitecer, plácido é lembrar da tua amizade, mais plácido ainda é escrever-te, é pensar em ti, meu pensamento voa como uma brisa matinal que se estira na luz morna de uma manhã de outono, tendo em vista que a amizade é como uma planta de folhas douradas, que mesmo quando dispersas carregam em si o brilho da lembranças dos momentos tidos, pois, a suavidade destas horas, nem mesmo os arbítrios dos deuses podem nos roubar a suavidade deste laço, e ouso dizer-te que os deuses nos invejam por esta capacidade, aqui deixo-te, como uma folha nas asas do acaso, que no momento certo, unirá novamente nossos caminhos numa brisa plácida de uma manhã qualquer.
 
 
Joselito de Souza Bertoglio e Bia Cunha

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Caminho na sombra

Caminho na sombra deste dia,
meus pensamentos são verdes ramos
a soar nas asas do vento que vaga.
 
Aqui onde as quimeras beijam a noite,
acorda a morna manhã com um canto
trépido que se estira em sutil desejo.
 
Nas colinas do acaso fiz minha morada
e do seu doce eflúvio, o fluxo supremo
das alíneas vibrantes do esmo sonho tido.
 
Aqui onde os cantos são de promessas,
às avessas, reversas, quem sabe travessas,
nuances do dia que passa por passar apenas.
 
Sinto passar o dia como uma folha ao vento,
e tal qual a esmo sigo nas alíneas do destino,
a vida que passa, não passa mais que em vão.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A For que és


A flor que és, a flor que desejo,

daquelas que flamam magias,

és mistério.

 

A flor que és, a flor que procuro,

daquelas que não há nos jardins,

               és fascínio.

 

A flor que és, flor que me comove,

incógnita de nuances intermináveis,

és suplício.
 

A flor que és, flor que me fascina,

dissipa-se num perfume ao vento,

és anúncio.

        

A flor que és, quero-te plantada,

caudalosa e efêmera num jardim

de ciladas e mistérios inquietantes,

um desafio.

sábado, 17 de novembro de 2012

Faces do amor e da dor LXXI


LXXI

 

 

Sentia-a suspirar devotadamente,

Como quem chega ao clímax da existência

No calor amoroso ferve a essência

Do gozo orvalhado da pele ardente

 

Como lábios que tocam suavemente

Com um luxo ardiloso de indecência

Num êxtase beirando a dependência

Como um broto florido da semente.

 

Suas unhas passavam como as de leoa

Que mergulha num ritual predatório

Como um invólucro de sensações,

 

Sorrindo como abelha quando ferroa

Tocava os lábios em tons de excitações

Trepidando num cálido ofertório...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Faces do Amor e da Dor XXV

                XXV


  

Voraz como trovão em meu pensamento
Banha-me uma insana onda de saudade
Num mar de desapego e de vaidade,
Fases, faces – disfarces de momento.

 
Uma voz baila em suave movimento
Tal fosse uma canção de liberdade
Em revoadas, fragmentos de verdade,
Um galho que traz em si o seu rebento. 


Jurei deixar-te pra trás, no passado
Que sempre volta como um mar faminto,
Num rugir voraz como leão zangado.

 
Como quem navega num sonho bom
Quando acorda dentro de um labirinto
De uma triste manhã sem qualquer tom...

sexta-feira, 23 de março de 2012

ESCOLHA DA CAPA DE "AS BRUMAS DO DESTINO"


Gostaria de promover aqui uma votação para escolher a capa entre dois modelos

Modelo 1

Modelo 2



APRESENTAÇÃO

"As Brumas de Meu Destino", marca a transformação de minhas crenças, a forma como observo a vida, o tempo, a ligação entre a natureza e a vida que ela abriga e principalmente a minha existência humana, tanto em forma de sentimento, quanto de visão de mundo. Estes poemas são de cunho existencial, portanto uma auto-reflexão na busca de suprir o "vazio existencial nato". Não é meu intuito aqui denegrir ou influenciar qualquer forma de crença a quem quer que os leia, afinal, é uma escolha individual que cabe exclusivamente ao indivíduo.

Outro ponto que também vem como marco deste trabalho, é o tema de aproveitar o tempo que nos é escasso com coisas que nos fazem felizes, e deixar para traz tudo que nos faz ficar tristes e negativos, afinal o tempo é curto de mais para vivermos preso ao passado, e principalmente para ficarmos nos privando da vida por evitar coisas novas por experiências negativas que são necessárias para moldar os nossos caminhos.

Este livro é inspirado nas obras dos poetas heterônimos Ricardo Reis e Alberto Caeiro do poeta Fernando Pessoa, e que em minha opinião é o maior de todo o tempo, me inspira muito o pensar destes dois heterônimos por que eles veem de encontro ao modo como vejo e encaro a vida e as situações da vida, apenas diferindo em alguns pontos como a visão em relação aos deuses, cada um cria o seu se acordo com que lhe é ensinado ou pela experiência na busca por uma explicação onde a luz da razão não alcança, e até para encarar seus medos.

Joselito de Souza Bertoglio

quinta-feira, 22 de março de 2012

PRONUNCIA-SE


PRONUNCIA-SE o dia num lindo arrebol
No frêmito das tulipas ao sol
E pelos rubis azuis - esverdeados
Encontro um espelho pra minha alma,
Pelos longos fios loiros de ouro alados
Um universo controverso (a calma)...

E num alvoroço o dia pede pressa
Só pra mais uma rápida conversa
E numa nuvem branca se dispersa
(quem tão de repente está às avessas)

O tempo dispara como uma lança
Para dar um sopro o vento que espera
Depois de tanto pairar a calmaria
Súbito num louco bater alcança
Da flor o amor, a sua mais doce iguaria...

segunda-feira, 19 de março de 2012

TEUS OLHOS


TEUS OLHOS que outrora pairava tanta vida
Estão frios como as brancas florestas de Asgard
São como os de uma linda loba sempre à espreita...

E o fundo do seu olhar é como trilha estreita
Olhá-lo é como caminhar numa caverna
Onde não tem mais que um silêncio implacável
Varrendo as ruas como uma voraz avalanche

Antes de suspirar em mim a luz do dia
Como uma vã brisa pelo prado longínquo
Esvaem-se as esperanças de dias melhores,

Como relâmpago cruzando os pensamentos
As nossas velhas noites se vão como folhas
Por primaveras que a cada dia mais distantes

Da sua lembrança não me restou mais que um sopro
Que se propaga num eco oco no horizonte
Resquícios soltos num verso pelo universo...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Caminhos Opostos


Caminhos Opostos     


E dos rostos virados
Fez o destino oposto.
O que era belo e claro
Tornou-se estranho.

Dos caminhos opostos
Fez-se o destino inverso
E dos olhos flamejantes
Fez-se o brilho incerto.

E das lágrimas vertidas
Fez-se o olhar deserto.
Enferrujou-se o sorriso
Diante do olhar disperso.

E nos casos do acaso
A vida se transforma.
Faz do próximo distante,
E do caminho certo
Um andarilho errante.

E diante do fim do amor,
Que a tempo já não existe
Reside só em pensamento.
E dos rostos virados
Fez-se o caminho oposto...

segunda-feira, 5 de março de 2012

NOS OLHOS


NOS OLHOS imóveis

Correm pensamentos

(o fascínio)



Veem pétalas ledas,

Exalam perfume

(o vestígio)



Nos olhos que lúmen

Nas formas di(amante)

(como um vício)



Olhares se envolvem

E depois se evitam

(o exercício)



Na aresta dos rostos

Tímido sorriso

(um indício)



Nasce deste brilho

A mais fina chama

(um resquício)



Num olhar nascente

Brota o sol fervente

(no princípio)



Sopra então o destino

Nas asas do acaso

(um auxílio)



Pétalas ao vento

São os cabelos vernais

(como um pávio)



De repente acende

Algo já dormente

(num assovio)



Ao flamar da chama

Aos poucos consome

(o precipício)



Como tempestade

Vai varrendo tudo

(um anúncio)



Dos rostos virados

O sentido oposto

(nasce o exílio)