sábado, 29 de outubro de 2011

Apenas um sopro


Apenas um sopro


Temo Ana o soprar
Destes fortes ventos
Os arrepios que causam
Ao falarem do meu destino
Ao pé do meu ouvido...

Sim Ana, temo
Este sopro vão
E tudo que nele
 Prenuncia-se

Um caminho sem fim,
Ou a dor da solidão
Destes ventos cortantes
Que atravessam
As minhas noites...

Quem sabe trazem eles
Resquícios distorcidos
Do que sou, ou como
Se eu fosse fragmentos
De mim mesmo, ou apenas
Como este vento, um sopro...

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Almas que se expressaram