Buscando
Sento-me no convés
Olho pro mar passando
Ouço o seu triste canto
Que me vai ressoando
No som destas marés
Formando doce manto.
Veja as belas gaivotas
Traçando novas rotas,
Mas continuam bailando
Sob novos horizontes
Entrelaçando os montes
Vai meu dia se findando,
Posso ver no horizonte
Este efêmero luar
Inundar minha fronte
Não tenho mais temores
Sei que já posso voar,
Provar novos amores...
Vejo o bailar das baleias
Que vão sendo embaladas
No doce som mareante
Deste mar tão gigante
E de mil e uma toadas
Enamorando as sereias
Sim, eu chorei no cais
Era hora de partir,
Mesmo já tão distante
Tu não podes me ouvir
Nem ver em meu semblante
A falta que tu faz!
Por estes loucos mares
Deixei naquele cais
A minha nau sem porto
Fazendo um traço torto
Nestes encontros casuais
Corretos ou vulgares.
Içando minhas velas
Pra fora da nostalgia
E pintar outras telas
Talvez um novo porto
Que me traga conforto,
Um pouco de harmonia.
Eu sigo navegando
E teu cais vai ficando
Preso no meu passado,
Pois, passado – presente,
É só um presente-ausente
A ser abandonado...
E mais longe eu velejo,
Olhando pro horizonte,
Já não vejo o teu cais,
Eu vou buscando os sinais
Que tinham na tua fronte.
Fonte deste desejo,
Sobejo e desmedido
De um marujo sem nau,
Mais um náufrago cego
No louco ventar do ego,
Neste mar colossal
De um coração partido.
grande poeta
ResponderExcluirparabens mano
abraçao
show teu blog
ResponderExcluire as poesias nem se fala
sou suspeito para comentar
grande mano
q DEUS abençoe vc
teu talento é admiravel
sou seu fã
abraçao