Espreita a longa noite, de entornos pálidos,
Nas telúricas canções de passos ávidos
Desafiam as sombras do intento sagaz.
Tal qual é o sopro do coração andarilho
Que se esquiva no próprio labirinto escuro.
Vielas se prendem entre passado e futuro
No varal do cavalgar alado do exílio.
Como a lua que fascina com olhar poente
Serpenteia a bruma num suspirar calmante,
Prende-se eternamente no mesmo instante
Sem saber quanto querer é suficiente.
Há um tom bucólico no seu palpitar,
Como plácida cantiga de acalentar.
Joselito de Souza Bertoglio
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Almas que se expressaram