segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O tempo escorre

O tempo escorre

O tempo ainda escorre
Não adianta espernear,
Gritar ou se rebelar
Incauto e alheio percorre
O tempo o seu caminho
Com o nosso consenso,
Ou não continua a passar...

O tempo ainda escorre
Quando ficamos olhando
Para trás, remediando
O que não se pode remediar,
A percepção de eternidade
Apenas mais um folclore
Que ronda o pensamento

O tempo verte e a alma verve
Com ele passando nas veias
Traçando as suas teias,
Percalços e armadilhas
As quais às denominamos
Divino humano destino...
 Mas é o tal destino
O acaso engaiolado
Numa percepção humana
Uma dimensão divina
Para conjurar a dor
De se sentir abandonado...

Serenamente observa a vida
Vede que ela passa simplesmente
Com ou sem acasos, percalços,
Ou destinos desenhados,
Acasos em cima de acasos,
A eternidade é apenas
O tempo que podemos brindar...

O que está além do tempo,
Além do céu, a compreensão
Já não nos pertence,
Nos pertence é aproveitar
O hoje, o aqui agora
E gravar dentro de nós
E de quem amamos,
A eternidade das boas memórias...

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