sexta-feira, 23 de março de 2012

ESCOLHA DA CAPA DE "AS BRUMAS DO DESTINO"


Gostaria de promover aqui uma votação para escolher a capa entre dois modelos

Modelo 1

Modelo 2



APRESENTAÇÃO

"As Brumas de Meu Destino", marca a transformação de minhas crenças, a forma como observo a vida, o tempo, a ligação entre a natureza e a vida que ela abriga e principalmente a minha existência humana, tanto em forma de sentimento, quanto de visão de mundo. Estes poemas são de cunho existencial, portanto uma auto-reflexão na busca de suprir o "vazio existencial nato". Não é meu intuito aqui denegrir ou influenciar qualquer forma de crença a quem quer que os leia, afinal, é uma escolha individual que cabe exclusivamente ao indivíduo.

Outro ponto que também vem como marco deste trabalho, é o tema de aproveitar o tempo que nos é escasso com coisas que nos fazem felizes, e deixar para traz tudo que nos faz ficar tristes e negativos, afinal o tempo é curto de mais para vivermos preso ao passado, e principalmente para ficarmos nos privando da vida por evitar coisas novas por experiências negativas que são necessárias para moldar os nossos caminhos.

Este livro é inspirado nas obras dos poetas heterônimos Ricardo Reis e Alberto Caeiro do poeta Fernando Pessoa, e que em minha opinião é o maior de todo o tempo, me inspira muito o pensar destes dois heterônimos por que eles veem de encontro ao modo como vejo e encaro a vida e as situações da vida, apenas diferindo em alguns pontos como a visão em relação aos deuses, cada um cria o seu se acordo com que lhe é ensinado ou pela experiência na busca por uma explicação onde a luz da razão não alcança, e até para encarar seus medos.

Joselito de Souza Bertoglio

quinta-feira, 22 de março de 2012

PRONUNCIA-SE


PRONUNCIA-SE o dia num lindo arrebol
No frêmito das tulipas ao sol
E pelos rubis azuis - esverdeados
Encontro um espelho pra minha alma,
Pelos longos fios loiros de ouro alados
Um universo controverso (a calma)...

E num alvoroço o dia pede pressa
Só pra mais uma rápida conversa
E numa nuvem branca se dispersa
(quem tão de repente está às avessas)

O tempo dispara como uma lança
Para dar um sopro o vento que espera
Depois de tanto pairar a calmaria
Súbito num louco bater alcança
Da flor o amor, a sua mais doce iguaria...

segunda-feira, 19 de março de 2012

TEUS OLHOS


TEUS OLHOS que outrora pairava tanta vida
Estão frios como as brancas florestas de Asgard
São como os de uma linda loba sempre à espreita...

E o fundo do seu olhar é como trilha estreita
Olhá-lo é como caminhar numa caverna
Onde não tem mais que um silêncio implacável
Varrendo as ruas como uma voraz avalanche

Antes de suspirar em mim a luz do dia
Como uma vã brisa pelo prado longínquo
Esvaem-se as esperanças de dias melhores,

Como relâmpago cruzando os pensamentos
As nossas velhas noites se vão como folhas
Por primaveras que a cada dia mais distantes

Da sua lembrança não me restou mais que um sopro
Que se propaga num eco oco no horizonte
Resquícios soltos num verso pelo universo...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Caminhos Opostos


Caminhos Opostos     


E dos rostos virados
Fez o destino oposto.
O que era belo e claro
Tornou-se estranho.

Dos caminhos opostos
Fez-se o destino inverso
E dos olhos flamejantes
Fez-se o brilho incerto.

E das lágrimas vertidas
Fez-se o olhar deserto.
Enferrujou-se o sorriso
Diante do olhar disperso.

E nos casos do acaso
A vida se transforma.
Faz do próximo distante,
E do caminho certo
Um andarilho errante.

E diante do fim do amor,
Que a tempo já não existe
Reside só em pensamento.
E dos rostos virados
Fez-se o caminho oposto...

segunda-feira, 5 de março de 2012

NOS OLHOS


NOS OLHOS imóveis

Correm pensamentos

(o fascínio)



Veem pétalas ledas,

Exalam perfume

(o vestígio)



Nos olhos que lúmen

Nas formas di(amante)

(como um vício)



Olhares se envolvem

E depois se evitam

(o exercício)



Na aresta dos rostos

Tímido sorriso

(um indício)



Nasce deste brilho

A mais fina chama

(um resquício)



Num olhar nascente

Brota o sol fervente

(no princípio)



Sopra então o destino

Nas asas do acaso

(um auxílio)



Pétalas ao vento

São os cabelos vernais

(como um pávio)



De repente acende

Algo já dormente

(num assovio)



Ao flamar da chama

Aos poucos consome

(o precipício)



Como tempestade

Vai varrendo tudo

(um anúncio)



Dos rostos virados

O sentido oposto

(nasce o exílio)