domingo, 1 de janeiro de 2012

Faces do Amor e da Dor XIX


 

XIX


Se ouvissem ou falassem as paredes
Os arranhões, os segredos, as juras
O nosso doce bailado às escuras
Um cálice, o saciar de nossas sedes

Os corpos envolvidos como redes
Feiticeiras, das noites de loucuras
Entre suores, fissuras e rasuras
Nas vorazes carícias que concedes.

E dos sublimes corpos descobertos
Bebemos do amor em causas e efeitos
Como néctar dos deuses derramados

Vertendo pelos vales entreabertos
Os cálices dos deleites aceitos
Nos lábios das paredes são selados...

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Almas que se expressaram