quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Repapsos de lembranças



Relapsos de lembranças


E a minha alma alcança
Os teus brandos mares
Sob o fulgor de antares
Minha nau por ti avança

São as tuas correntezas
Que ditam meu caminho
Vou navegando sozinho
Pelas tuas profundezas

Abro as velas do destino
A minha nau és tu agora
Iremos pelo mundo afora
Neste mar tão cristalino

Sim, eu desafiarei a vida
Neste veleiro velejando
Este meu marítimo canto
Deste amar sem medida!...

A fé me faz seguir adiante
Não há nada que eu ame
Mais do que este infame
Olhar de minha amante

O vento que toca a proa
Vai sacudindo os mastros
E que não deixam rastros
Chamam o teu nome a toa

Através das estrelas vejo
Os olhos de minha amada
Reluzentes pela alvorada  
Na manhã do meu desejo...

Apenas teu mar adiante
E com a minha vela içada
Rumo em direção ao nada
No quadro desta estante

E vou apenas navegando
Em relapsos de lembranças
Por mares de esperanças
Velho mar do “Memorando”

Sou só um velho lobo do mar
Ou o mais novo marinheiro
Por este mar tão traiçoeiro
Sempre distante do seu lar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Almas que se expressaram